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Reflexões de um sábado sobre comunicação

     Recentemente, o mundo assistiu a uma nova vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais americanas. Desta vez, com mais autoridade: venceu no voto popular, venceu no colégio eleitoral por larga vantagem (embora as pesquisas apontassem um cenário dividido), e liderou os republicanos à formação de incontestes maiorias no Senado e na Câmara.      Não quero falar especificamente sobre a vitória de Trump, até porque, ainda que não seja estadunidense, não resida em nenhuma de suas cidades e tampouco tenha pretensões imediatas de ir àquele país, o simbolismo político desse resultado vem me tirando a paz. Então fugirei, por ora, desse tema.     Quero usar as eleições americanas somente como ponto de partida para um elemento específico: a contestação do papel político da mídia tradicional. Trump, ao longo da última década, teve uma ascensão meteórica no campo da política institucional, e trouxe consigo discursos problemáticos de toda ordem. Mas u...

De: mim; Para: mim mesmo.

     Embora escreva isto na iminência da volta do Twitter, já que em 8/10/2024 o Min. Alexandre de Moraes acatou o pedido dos advogados da rede para que ela volte ao ar em território brasileiro, não posso negar a mim mesmo que esse breve sabático da rede me deixou uma lacuna terrível.     Várias vezes (ora por questões de produtividade, ora pra evitar a produção de provas contra mim mesmo) cogitei excluir minha conta no twitter, mas há sempre uma força maior que me impede de fazê-lo: aquilo ali é um grande recordatório (para mim mesmo) de diversas fases do meu amadurecimento. Volta e meia me pego vendo tweets meus dos primórdios da minha presença na rede. Era outro momento da minha vida. Entrando pela primeira vez na universidade pública, saindo de uma vida de formação em escolas particulares, tendo contato com o movimento estudantil para dar vazão a revoltas, sentimentos e ideias que há muito fermentavam dentro de mim, enfim...      Ali estão reg...